No início deste ano, a cidade de Louveira, em São Paulo, foi palco de um caso que comoveu a todos. O papagaio Loro, que vivia com a família de Adilson Garcia há mais de 40 anos, foi apreendido por agentes ambientais e encaminhado à ONG Mata Ciliar, em Jundiaí. A razão? Loro não possuía anilha, um anel de identificação exigido pelo Ibama para comprovar a origem legal de aves silvestres em cativeiro.
Adilson encontrou Loro ainda filhote, machucado e desamparado. Desde então, o papagaio se tornou parte da família, recebendo cuidados e carinho. No entanto, a lei exige a comprovação da origem da ave para evitar o tráfico de animais silvestres. Sem a anilha, Loro foi considerado ilegal e apreendido.
A notícia da apreensão rapidamente ganhou repercussão nacional, gerando uma onda de solidariedade e apoio à família Garcia. Adilson não desistiu do seu amigo de penas e lutou na Justiça para reaver a guarda de Loro. E, finalmente, por meio de uma decisão liminar, a Justiça determinou a devolução do papagaio à sua família.
O reencontro entre Adilson e Loro foi emocionante e trouxe alívio a todos que acompanharam o caso. No entanto, o processo ainda está em andamento, e a decisão final da Justiça ainda está por vir.
Este caso destaca a importância de se respeitar as leis de proteção à fauna silvestre, mas também mostra que, em situações excepcionais, a Justiça pode considerar as circunstâncias e tomar decisões que priorizem o bem-estar dos animais e das pessoas envolvidas.